Mensagem inicial

Se eu tivesse o Dom da rima
Ou se fosse trovador
Eu traduziria em versos
A alegria e a dor,
A tristeza e a saudade,
A saúde e a doença,
A mentira e a verdade,
A solidão e a desavença.
Se eu pedisse ao meu Senhor
E tivesse permissão,
Eu cantaria o amor,
Na mais suave canção,
E encantaria os anjos,
Na sublime louvação
Dos que sonham
E dos que riem
Dos que têm a vocação
De trabalhar com amor
Na ajuda ao irmão.
Mas se ainda me permite
Eu expor uma opinião,
E perguntar com respeito
E a maior atenção:
Quem é aquela que chega
E lhe conduz pela mão?
Lhe conforta e alivia
Os ferimentos e a dor,
Lhe escuta com brandura,
Com paciência e amor?
Quem é sempre a primeira
Que nos leitos de dor,
Lhe visita de manhã
E sempre se preocupa
Como a noite passou?
Eu ainda ousaria
Em fazer uma alusão:
Quem escuta seu gemido
E a sua aflição,
Na noite silenciosa,
E lhe traz a sedação?
Se ainda me permite
Eu darei a explicação:
É ela sempre a primeira
Quem nos traz a solução,
Nos momentos mais difíceis
Sem pedir explicação
De raça, crença, ou pátria,
Sem importar profissão.
É você, Oh! ENFERMEIRO
Que retrato nestes versos
Com respeito e atenção
Pelo seu conhecimento
Pela sua formação.
E unir ao seu trabalho
Ciência, técnica e ação,
Compromisso e dinamismo,
Respeitando o cidadão
Que carente e dependente
Nem sempre é atendido.
Ao que mais falta ao irmão:
O conforto, a palavra
A destreza, a ação
Colocando em cada ato,
O que é raro em nosso tempo,
AMOR E HUMANIZAÇÃO.
E se ainda me ouve
Eu devo completar…
Porque na sua tarefa
E modo de trabalhar
Não deixa transparecer
Mágoa, tristeza ou rancor,
Transmite serenidade
Simplicidade e calor.
E por isto e muito mais
É com toda lealdade
Que registro nestes versos
Com respeito a HOMENAGEM
Aos que abraçaram com AMOR
A PROFISSÃO DE ENFERMAGEM.

Recife, maio de 1997 MARIA DE LOURDES QUINTINO

Siga no Instagram

Follow Convite

Veja também no Tumblr