Reconhecer o pedagogo como eterno aprendiz significa assumir a incompletude do ser humano, bem como a sua formação como um processo inacabado. Neste sentido, a formação profissional torna-se um processo contínuo e não pode limitar-se à formação inicial, vista como a primeira fase de um longo e diferenciado processo de desenvolvimento profissional. Com efeito, a profissionalização do pedagogo exige um entrosamento estreito entre a formação contínua e a profissão, fundamentado nas necessidades e situações vividas por esses profissionais no seu dia-a-dia. Assim, a formação e a mudança têm de ser pensadas em conjunto, como duas faces de uma mesma moeda. Não se pode pensar em mudanças para a educação que não sejam, em si mesmas, formativas para os agentes que vão operá-las e geradoras de sonho e compromisso com as transformações sociais.