A primeira consulta: mãos trêmulas, corações disparados, ouvidos atentos, olhos curiosos, medo do desconhecido. Porém, uma vontade imensa de ajudar. Foi assim o primeiro contato com você, nosso valioso paciente, fonte infinita de aprendizado e motivo de incontáveis horas de estudo. Apesar da nossa insegurança e inexperiência, você se entregou, confiando-nos sua história, suas queixas, seus valores, suas dores, seus anseios. Aos poucos, adquirimos confiança e sentimos o gratificante gosto do dom de ajudar. Em você descobrimos um ser humano completo, que traz consigo um contexto biopsicossocial que precisa ser entendido e respeitado. Aprendemos, portanto, que o domínio da ciência é fundamental, mas não é o bastante, pois o anseio por um diagnóstico funde-se à sede de atenção, consolo, cumplicidade, esperança e saúde — no sentido amplo da palavra! Após cada consulta, a certeza de que, se não é possível a cura, vale a pena a alegria do alívio da dor e, sobretudo, do sofrimento. Somos gratos pelo incentivo encontrado em seu sorriso e pela confiança refletida em seu olhar. Você é a essência da arte médica, é a razão e o objetivo da nossa Medicina!