“Todos os dias é um vai-e-vem, a vida se repete na estação. Tem gente que chega pra ficar, tem gente que vai pra nunca mais. Tem gente que vem e quer voltar, tem gente que vai e quer ficar. Tem gente que veio só olhar…”
(Milton Nascimento, em “Encontros e despedidas”)
Durante quatro anos o repetido ritmo nos deixou longe do que realmente estava acontecendo. Muitas vezes perdemos o encanto e a percepção de que “o essencial é invisível aos olhos”. Vidas se encontraram e se completaram. Muitos apenas passaram por esta estação — às vezes desejosos por voltar —, mas o caminho os levou para outra estrada. Estes passaram, mas deixaram marcas e saudades. E assim chegamos. E agora, de alguma forma, partimos… São só dois lados da mesma viagem. O trem que chega é o mesmo trem da partida. A hora do encontro é, também, despedida. Sentiremos saudades. E ter saudade é mais que apenas relembrar. Ter saudade é não ter medo de olhar para trás. É ter coragem de aprender com tudo o que se viveu. E continuar. Pois chegou o momento de seguir. Se nos encontraremos novamente? É a vida, é a vida.