Estamos nos formando após quatro anos de convivência. Todo esse tempo foi recheado de conflitos, acordos e desacordos, encontros e desencontros, construções e desconstruções, nas dimensões afetiva, social, cognitiva e política. Isso só foi possível com o outro, já que, sem ele, não existimos. Não há sentido em pensar no “eu e o mundo”. É preciso pensar no “eu como um pedaço do mundo”. Continuaremos com a certeza de nossa incompletude e de nossa condição de seres inacabados, uma vez que estamos em constante devir, embora tenhamos uma essência singular. Através das relações interpessoais e sociais, construiremos conhecimento, almejando responder aos desafios que encontrarmos, tanto na educação quanto na vida pessoal. Será que através do coletivo – composto por mulheres, homens, negros, índios, brancos, pessoas com necessidades especiais e outros – e de sua relação com o mundo construiremos uma nova realidade, criando cultura e fazendo história? Nesse contexto, todos aprendem e todos ensinam, como afirma Paulo Freire: “Ninguém educa ninguém. Os homens se educam em comunhão”.