Um dia, a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos. Saudades até dos momentos de lágrimas, angústia, das vésperas de finais de semestre… Enfim, do companheirismo vivido. Em breve, cada uma vai seguir a sua vida. Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe? Aí os dias vão passar, meses, anos… até nos perdermos no tempo. Um dia, nossos filhos verão essas fotografias e perguntarão: ‘Quem são essas pessoas?’ Diremos que são nossas amigas. E isso vai doer tanto! Completaremos, então: ‘Foi com essas amigas que vivi os melhores anos de minha vida!’ A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, de ouvir aquelas vozes novamente. Vontade de olhar para trás e ter uma mão amiga em nosso ombro, com a certeza de que amizade é para sempre, ainda que o sempre não exista. Amizade é saber que nós tentamos, fizemos e não fomos egoístas de não querer compartilhar o que aprendemos. Agora é tempo de ceder e não esperar o retorno, porque sabemos que o ato de compartilhar um instante qualquer, no espaço de tempo entre o nascimento e a morte, é um processo constante de relacionamentos.