De repente, o destino nos uniu para tornarmos real um sonho em comum. Há quatro anos, o primeiro encontro. E, numa manhã de ansiedade e esperança, nossas vidas se entrelaçaram. Pouco a pouco fomos nos descobrindo, e de rostos estranhos passamos a colegas, amigos. As afinidades foram se revelando. Uns fizeram-se confidentes; outros, cúmplices. E todos nós partilhamos cada descoberta, cada nova conquista. Vivemos encontros e despedidas. Dividimos medos e incertezas, somamos entusiasmo e alegria. Juntos, respiramos o ar inundado de formol, dividimos cadernos xerocados, horas de estudo na biblioteca, a angústia e a expectativa dos sorteios das rifas. Crescemos com as novas responsabilidades. E a vida, que foi nos moldando a cada desafio, não só nos vestiu de branco, mas também de luta. Luta de alguns para vencer suas doenças e problemas familiares, de algumas para se manter no curso quando estavam gerando mais uma vida em seu ventre e de todos para chegar até aqui. É inegável que somos e temos um pouco uns dos outros. Obrigado por termos caminhado juntos, isso tornou a jornada mais amena. Hoje, ao olharmos para trás, parece que tudo passou depressa demais e, então, sentimos vontade de termos nos abraçado e amado mais. Mas ainda há tempo, porque se hoje a vida finda esta etapa, amanhã ela nos orientará em caminhos ainda desconhecidos. E, neles, sempre haverá chance de encontrarmos aqueles que nos deixam saudade. Que a vida e o acaso do destino nos mantenham unidos.