Primeiro dia de aula. Sala cheia, olhares se cruzando, um grande receio no ar: o que estava por vir? Os pequenos grupos se formam tentando se ajustar à nova realidade, juntando forças, entusiasmos ou dividindo medos dos obstáculos que surgiriam em nosso caminho. Com o decorrer do tempo, por várias vezes, tivemos que nos adaptar, a fim de superar a falta de amigos queridos, os quais não prosseguiam conosco nos novos desafios. Porém, um novo ânimo sempre nos revestia ao vermos que esses que não nos acompanhavam mais lado a lado continuavam a prosseguir o seu caminho sem desistir do sonho. Cada momento de mudança, cada novo desafio vencido, nos fazia valorizar mais os amigos que encontramos na jornada. Valorizar as madrugadas acordados juntos, fisicamente ou virtualmente, os finais de semana cedidos, dedicação total ao objetivo, ao sonho. Sempre esteve presente a vontade de ver o grupo prosseguir unido, estendendo a mão para aqueles que em alguns momentos desanimavam, ajudando a firmar os passos. O convívio nos ensinou a respeitar as nossas diferenças e a entender quando precisávamos falar ou apenas ouvir, quando era necessário puxar a orelha ou ressaltar o potencial de cada um. Vencemos essa etapa juntos e um novo ciclo se inicia na vida de cada um, “cada um” que, na verdade, se torna “um pouco de todos”: experiências, manias, jeitos… Não mais amigos de classe, amigos de faculdade, mas amigos. Simples, objetivo, porém expressivo, como é o sentimento que temos uns pelos outros.