É chegado o momento. Minhas mãos frias, a face um pouco pálida e o nó na garganta demonstram minha apreensão, pois tenho certeza de que, quando meu nome for anunciado, as palmas mais fortes partirão de suas mãos, como também serão as suas lágrimas as mais verdadeiras. A vocês, que nos deram a vida e nos ensinaram a vivê-la com dignidade, não bastaria um obrigado. A vocês, que nos iluminaram os caminhos obscuros com afeto e dedicação para que os trilhássemos, sem medo e cheios de esperança, não bastaria um muito obrigado. A vocês, que se doaram inteiramente e renunciaram aos seus próprios sonhos para que, muitas vezes, pudéssemos realizar os nossos, não bastaria dizer que não temos palavras para agradecer por tudo. Mas é exatamente o que acontece agora, quando procuramos uma forma verbal de exprimir uma emoção ímpar, uma emoção que as palavras dificilmente traduziriam.