Aos que amamos e aos que nos amam.
A estrada findou. Será? Não, certamente. Percorremos uma parte de nossas histórias, e não o fizemos a sós — até porque sozinhos não iríamos a nenhum lugar. Sem os que amamos e os que nos amam não teríamos sequer direção, quem diria caminho! Mas essa estrada, que hoje se encerra, teve começo, meio e fim. O mérito não é nosso apenas. Em verdade, talvez o seja somente a menor parcela dele. A quem amamos devemos, indubitavelmente, a força e a vontade interior de continuar. O mérito é deles. Por outro lado, aqueles que nos amam mantêm-nos de pé, dando ânimo quando já não o temos mais; dando a mão, quando com o chão nos deparamos. Enfim, glorificam-nos com a graça — dada de graça — de tornar os nossos sonhos possíveis, ainda quando a descrença nos toma a alma. E, assim, fazem-nos, mais uma vez, acreditar. Aqui, também, o mérito é deles. A história não terminou. Deveras, ela nunca termina, pois assim é a vida — o fim não é mais do que um novo começo. Aos que amamos e aos que nos amam dedicamos esse fim, essa vitória e, mais do que isso, registramos nosso pedido de, com eles, viver essa nova etapa. Aliás, não só ela, mas todas as outras. Por toda a nossa vida!