Finais

No início éramos estranhos uns aos outros. Distantes, isolados e tímidos. Então estudamos, crescemos e aprendemos que para viver em sociedade é necessário considerar o Outro. E este Outro era alguém que amava, vivia, sentia, mas também temia. O Outro que era diferente: nervoso ou sereno, calado ou falante, calmo ou agitado, triste ou feliz, era também um de nós. Com o tempo a convivência nos tornou mais próximos e passamos a aceitar as diferenças. Nos descobrimos vivendo a mesma escolha, mesma jornada, mesmos medos e sonhos e, assim, nos descobrimos AMIGOS. O sonho se realizou! Fomos guerreiros e vencedores. Mas chegaria o dia em que seria preciso acabar, e cada um seguiria o seu caminho. E todos sabíamos que, nesse dia, a separação nos faria sorrir e chorar ao mesmo tempo. Que bom será se, de tantas gargalhadas, de tantas conversas no corredor e de todos os momentos compartilhados nesses anos, ficar a certeza de que, quando possível, voltaremos a nos falar. Não só para retomar a alegria do tempo de estudantes e sonhadores, mas para sentir que a alegria e o sonho resistiram, apesar do tempo e dos possíveis tropeços. Valerá a pena ver que o brilho no olhar permaneceu intacto e que os caminhos, mesmo diferentes, podem voltar a se cruzar. E agora nossa história continua, juntos ou separados, mas já não somos estranhos. E o que importa é que nos conhecemos, nos demos as mãos e vencemos. Neste momento, não cabe dizer um adeus, mas sim um sincero até logo. Muito sucesso e lembrem-se de que o Direito se aprende lendo, mas se exerce pensando e que o Direito é encantador porque só quem o conhece pode dominá-lo, mas só quem o ama é capaz de se render a ele.