No início, a insegurança do primeiro encontro. Tivemos vontade de fugir. O coração batia forte, a mente em devaneio, a respiração ofegante… Entretanto, foi-nos confiada a responsabilidade de estar com vocês. Com o passar do tempo, surge a confiança mútua. A nossa mão, antes trêmula, passa a tocar firme, e, em seu olhar, antes vago e distante, passamos a ver gratidão e carinho. Confiaram-nos segredos, depositaram em nós e em nossos preceptores a esperança — algumas vezes já adormecida pela dor e desânimo. Buscaram o melhor tratamento, seja sob a forma do procedimento, do respeito, do empenho ou do acolhimento, com o desejo de cura. Aos poucos, queridos pacientes, fomos percebendo, por questão de valores e mesmo sem saber, que só se aprende a ser um bom fisioterapeuta desde que se tenha percepção holística do ser humano e não apenas com estudo e conhecimento científico. São fundamentais a dedicação e o carinho. Vocês, pacientes, inspiram em nós a busca intermitente do conhecimento, e, verdadeiramente, devemos isto a vocês. Obrigado por nos aceitarem, permitindo, muitas vezes, fazer de sua dor uma forma de aprendizagem.