Ao Cadáver

No início, tudo era estranho. Em muitos, o medo era maior do que a curiosidade. Meu Deus, ali está ele! Mas quem será ele? Para essa pergunta, nunca obteremos resposta. Mas também não importa. O que importa é que, com o tempo, descobrimos em você nosso mestre anônimo, cujas palavras eram dispensadas para que pudéssemos adquirir aprendizado. Você foi se tornando tão presente em nossas vidas, que, muitas vezes, só de nos aproximarmos, não contínhamos o choro! Puxa vida… Quanto formol, não? No início, você, através de tantos músculos com suas origens, inserções, inervações fez-nos enlouquecer! Mas, ao final, enriqueceu-nos e tornou-se conhecido pelo simples toque das nossas mãos. Ao amigo desconhecido, que nos impôs respeito e admiração, o nosso reconhecimento e gratidão.