Aos Pais Ausentes

Nessa noite tão especial, não preciso me dar ao trabalho de procurar, nesta platéia tão bonita, cheia de pais orgulhosos, o olhar carinhoso do meu. Não preciso porque ele está aqui, mais perto, dentro de mim, enchendo-me de orgulho e saudade, como sempre fez, e, tenho certeza, sempre fará. Caros colegas, tive o privilégio único de ter ao meu lado, em todas aquelas intermináveis horas de estudo, um pai, professor e amigo, sempre muito presente, para tudo que eu necessitasse. Quando ele partiu para o meu coração, pude estar por mais tempo com ele, e, acreditem, todas aquelas discussões, brigas, abraços, sorrisos e bons momentos passaram a fazer muito mais sentido. Falta? Claro que faz, e muita! Mas tudo de mais importante que um pai pode deixar (exemplo e boas lembranças), ele deixou, suprindo de forma sem igual a sua presença física. Incrível como um cheiro, um lugar, uma festa de formatura, como a de hoje, me fazem remeter àqueles bons e velhos momentos. Acho que o velho Rosa tinha razão: “As pessoas não morrem, ficam encantadas”. Daqui a pouco, meus ansiosos colegas e eu receberemos o tão almejado diploma. E, como todos, ganharei um abraço bem apertado, mas de uma forma peculiar. Como todos, terei a oportunidade de dizer mais uma vez, ao pé de seu ouvido: muito obrigado, papai, isto não seria possível sem você! Eu amo você!